
Expedição científica estudo mar de Cascais, Sintra e Mafra a bordo do Santa Maria Manuela
Os investigadores do MARE (polos ISPA, IPLeiria, ULisboa, UÉvora e Madeira), do CCMAR – Centro de Ciências do Mar, do CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, da SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves , do IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera e do IH – Instituto Hidrográfico, participaram na expedição para aferir a biodiversidade de fauna e flora e de cartografar a região, que integra uma área ao largo dos municípios de Cascais, Sintra e Mafra, a bordo do Santa Maria Manuela na Expedição Científica Oceano Azul.
Juntando os Municípios de Cascais, Mafra e Sintra e a Fundação Oceano Azul no mar contiguo a estes territórios, decorreu de 1 e 12 de outubro, muitos trabalhos simultaneamente. Nasce da necessidade de conhecer e proteger o património natural do país, respondendo às políticas nacionais, europeias e internacionais de proteção e gestão sustentável do oceano. Por isso o Governo português integra também este projeto, apostando no aprofundar do conhecimento científico desta região marinha, a fim de fundamentar a melhor forma de a proteger.
Ao todo, o Santa Maria Manuela percorreu 374 milhas, a que se acrescentam 256 milhas dos barcos de apoio, envolvendo 150 participantes.
Créditos de Imagens: Oceano Azul Foundation_Nuno Vasco Rodrigues
Na expedição científica, liderada por Emanuel Goncalves, responsável científico e administrador da Fundação Oceano Azul, e Henrique Cabral, biólogo e investigador no Institut National de Recherche pour l’Agriculture, l’Alimentation e l’Environnement (INRAE), recolher-se-á informação, amostras e imagens para a caracterização da biodiversidade e habitats marinhos da zona. Com recurso a mergulho científico e a várias tecnologias como drones, sistemas de câmaras de vídeo subaquáticos iscadas (BRUV – Baited Remote Underwater Video) e um ROV (Remotely Operated Vehicle), será possível aceder a zonas que, até hoje, têm sido muito pouco estudadas. Também em terra será́ caracterizada a biodiversidade da zona entre mares (zona intertidal).
Ao todo, o Santa Maria Manuela percorreu 374 milhas, a que se acrescentam 256 milhas dos barcos de apoio, envolvendo 150 participantes, incluindo 58 investigadores de sete instituições e 17 pescadores com cinco embarcações, pertencentes a diferentes associações.
Em 12 dias de trabalho de campo os investigadores que participaram na expedição trataram de aferir a biodiversidade de fauna e flora e de cartografar a região.
Ao longo dos 12 dias foram feitos mais de 270 mergulhos e foi examinada ao pormenor uma área correspondente a mais de 90 mil metros quadrados, tendo sido identificadas, por exemplo, mais de 50 espécies de peixes e 30 espécies de macroalgas.
Com os dados e imagens recolhidos, será́ produzido um relatório científico, que contribuirá́ para o diagnóstico do estado de saúde e valor científico e ecológico desta região do país.
Créditos de Imagens: Oceano Azul Foundation_Nuno Vasco Rodrigues
Entre a superfície e o fundo, na denominada coluna de água, os resultados ficaram aquém do esperado com as imagens recolhidas a mostraram a Montanha de Camões, localizada 22 quilómetros a oeste do Cabo da Roca, coberta de florestas de algas, com jardins de organismos da família dos corais, esponjas e muitas outras espécies.
Com os dados e imagens recolhidos, será́ produzido um relatório científico, que contribuirá́ para o diagnóstico do estado de saúde e valor científico e ecológico desta região do país. Utilizando essa informação, será́ possível proteger e gerir de forma sustentável os valores naturais e recursos marinhos. Não faltará também o documentário da expedição.